A vitamina D é extremamente importante na terceira idade, desempenhando um papel crucial na saúde geral e no bem-estar dos idosos.
A deficiência de vitamina D é comum em pessoas de todas as idades em regiões mais frias por falta de exposição solar, já que ela é essencial para a produção do nutriente. No Brasil, apesar de ser um país tropical, um estudo da FIOCRUZ apontou que 15,3% dos brasileiros têm deficiência e 50,9% têm insuficiência da vitamina.
Trata-se de um micronutriente essencial para o funcionamento saudável do organismo e é responsável pelo controle dos níveis de cálcio e fósforo no sangue e nos ossos.
A falta desse nutriente pode colaborar para os seguintes problemas de saúde:
- Osteoporose e Fraturas – A vitamina D é fundamental para a absorção de cálcio, essencial para a saúde óssea. A falta pode levar à osteoporose, uma condição em que os ossos se tornam frágeis e suscetíveis a fraturas. Em idosos, isso é particularmente preocupante, pois as fraturas, especialmente de quadril, podem ter consequências sérias, incluindo perda de mobilidade e independência.
- Fraqueza Muscular – A deficiência de vitamina D está associada à fraqueza muscular, que pode aumentar o risco de quedas em idosos. A força muscular é vital para manter o equilíbrio e a coordenação, e a falta de vitamina D pode comprometer essas funções.
- Doenças Cardiovasculares – Baixos níveis de vitamina D podem estar relacionados a um aumento do risco de doenças cardiovasculares, como hipertensão, insuficiência cardíaca e eventos cardíacos, incluindo infartos. A vitamina D desempenha um papel na regulação da pressão arterial e na saúde do coração.
- Sistema Imunológico Enfraquecido – A vitamina D tem um papel importante na modulação do sistema imunológico. A deficiência dessa vitamina pode levar a um aumento da suscetibilidade a infecções, como resfriados, gripes, e infecções respiratórias, que podem ser particularmente perigosas para os idosos.
- Diabetes Tipo 2 – Estudos sugerem que a falta de vitamina D pode estar relacionada a um risco aumentado de desenvolver diabetes tipo 2. A vitamina D pode influenciar a sensibilidade à insulina e a função das células responsáveis pela produção de insulina.
- Problemas Cognitivos e Demência – Níveis baixos de vitamina D têm sido associados a um maior risco de declínio cognitivo, demência e Alzheimer. A vitamina D pode influenciar a saúde do cérebro, afetando funções cognitivas e a memória.
- Depressão – A deficiência de vitamina D também tem sido associada ao desenvolvimento de depressão em idosos. O nutriente influencia a produção de serotonina, um neurotransmissor que afeta o humor e o bem-estar emocional.
- Doenças Autoimunes – A falta de vitamina D pode aumentar o risco de doenças autoimunes, como esclerose múltipla e artrite reumatoide. A vitamina D ajuda a regular o sistema imunológico, prevenindo reações autoimunes.
- Riscos para Saúde Dental – A deficiência de vitamina D também pode afetar a saúde dental, aumentando o risco de perda de dentes e problemas como a periodontite, uma inflamação que pode levar à perda óssea ao redor dos dentes.
Normalmente idosos precisam de suplementação de vitamina D especialmente porque a capacidade do corpo de sintetizar o nutriente a partir da exposição ao sol diminui com a idade devido à mobilidade reduzida ou a estilos de vida mais reclusos, outro fator são as dietas nutricionalmente deficientes.
Portanto, é essencial monitorar os níveis de vitamina D, com a orientação de um médico, para garantir que não haja deficiência e, se necessário, tomar suplementos.